domingo, 13 de setembro de 2009

Puro Sangue Lusitano


Montado há cerca de 500 anos, o mais antigo cavalo de sela do Mundo chega ao limiar do século XXI reconquistado o esplendor de há dois mil anos, quando Gregos e Romanos o reconheceram como o melhor cavalo de sela da antiguidade.
Cavalo de «sangue quente» como o Puro Sangue Inglês e o Puro Sangue Árabe, o Puro Sangue Lusitano é o produto de uma selecção de milhares de anos, o que lhe garante uma «empatia» com o cavaleiro superior a qualquer raça moderna.
Seleccionado como cavalo de raça e de combate ao longo dos séculos, é um cavalo versátil, cuja docilidade, agilidade e coragem lhe permitem hoje competir em quase todas as modalidades do moderno desporto equestre, confrontando-se com os melhores especialistas.
No limiar do ano 2000 o Puro Sangue Lusitano volta a ser procurado como montada de desporto e de lazer e como reprodutor pelas suas raras qualidades de carácter e antiguidade genética.”
In Catálogo 2001 da Associação Portuguesa de Criadores de Cavalo Puro Sangue Lusitano
(Magníficos Exemplares da Raça Lusitana da Coudelaria Internacional Gosto Equino)

 
Históricas Coudelarias
Em Portugal, além das coudelarias particulares, formou-se em 1658, na regência de D. Luísa Gusmão, uma Coudelaria Real, na Serra de Sintra.
Em 1557 é fundada a Coudelaria de Portel que, em 1748, transita para Alter. Para esta Coudelaria de Alter, fundada em 1751, foram importadas de Espanha 221 fêmeas, mais 10 éguas com ferros Espanhóes, que vieram de Mafra e, ainda, 6 compradas em Vila Viçosa que, junto às 261 vindas de Portel, perfaziam o total de 498, que foi o núcleo inicial desta coudelaria. Hoje, todos os cavalos da Escola Portuguesa de Arte Equestre são oriundos desta coudelaria. O Potril de Azambuja era um prolongamento da Coudelaria de Alter, para onde eram enviados os poldros depois da desmama. O rei D. Miguel, além de uma raça de cavalos malhados, que possuía em Salvaterra, tinha também uma coudelaria em Azinhaga, que mais tarde foi vendida a Rafael José da Cunha, dando origem às Coudelarias “Veiga” e “Infante Câmara”. Actualmente mantêm-se as coudelarias de Alter Real, tendo sido seleccionada no sentido da cor castanha e da alta-escola, a Coudelaria Nacional da Fonte-Boa, descendente sobretudo da mistura da linha castanha e da linha ruça, importadas da Andaluzia nos finais do séc. XIX e principio do séc. XX, com aptidão para a atrelagem desportiva.
A linhagem Andrade, com origem em éguas e garanhões espanhóis, que a partir da década de 70, e com o garanhão “Martini” e com um programa de consaguinidade mais apertada, se conseguiu obter uma linhagem com características guerreiras. A linhagem Veiga, a verdadeira linhagem Lusitana, o verdadeiro cavalo “Filho do Vento”, descendente das antigas éguas, filhas de Podarge, e Neptuno, dos cavalos de Aquiles, Xanto e Balios, nascidos e criados na zona de Elasippos, filho de Poseidon (Neptuno) e donde deriva a palavra Olisipo, hoje Lisboa.
Serrão Faria, antigo criador, primeiro director de “stud-book” do Cavalo Lusitano.

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